terça-feira, 10 de maio de 2011

Happy Birthday Paul David Hewson



Se você não é fã do U2 e não aguenta mais minhas citações pelas redes sociais, sugiro não ler esse post. Sem mais delongas, hoje é o aniversário de Sir Paul David Hewson, mais popularmente conhecido como Bono. É estranho isso que sentimos por essa criatura, não é verdade? Geralmente gostamos do que conhecemos, então como podemos ficar tão eufóricos e felizes pela data de aniversário de alguém que não conhecemos? Acho que ninguém é capaz de responder essa pergunta, nem nós mesmos que somos fãs desse cara. Aos demais, que observam tudo com os olhos da racionalidade, aconselho não julgar e muito menos entender essa situação, pois você nunca conseguirá entender. A menos que se torne fã algum dia. Esse tipo de sentimento não se explica, não se entende. Se sente, se vivencia.
Sou muito feliz por há 3 anos circular o dia 10 de maio no calendário, pois esse poeta merece. Ele é o poeta de nossas vidas. É o poeta que descreve as alegrias, as ambições e as frustações humanas de uma maneira ímpar. Ele é a voz que adentra nossos ouvidos, nossas mentes e nossos corações, nos levando a lugares inimagináveis. Ele nos leva a refletir sobre nós mesmos e sobre tudo que está a nossa volta. Ele é o rockstar e o ser humano em uma mesma matéria.

Feliz Aniversário Bono. Mal posso esperar a próxima vez que te verei ao vivo novamente.
Thanks, man.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Existem vilões e mocinhos?




No domingo passado, estava eu navegando pela internet quando me deparei com a grande notícia da década: Osama Bin Laden está morto.
No início apenas algumas agências de notícia americanas noticiavam, mas não havia, ainda, nenhuma fonte oficial que confirmasse o ocorrido. Pouco tempo depois, o presidente Obama já fazia seu pronunciamento pelo site da Casa Branca. Foi uma alegria geral (para os americanos). Um aglomerado de pessoas em frente a Casa Branca, enrolados com a bandeira americana, cantando em alto e bom som o hino americano e gritando "USA!". Obama e os soldados que fizeram parte da operação são ovacionados por todos e finalmente a "justiça" é feita! Um final glorioso, típico dos filmes hollywoodianos.

É, mas não se trata de um filme, estamos na realidade e justamente por isso que a história se torna ainda mais complexa do que imaginamos. Daí eu me pergunto: será que tudo é tão perfeito assim?
Logo aviso que não entendo NADA de relações internacionais, sou uma leiga no assunto, mas não acho difícil tecer uma opinião a respeito, embora rasa e baseada em zero de conhecimento técnico.
Vamos a alguns fatos:
A política externa dos EUA não é o que se pode chamar de pacífica (corrijam-me se estiver errada). Guerras, uso da força militar pra tomada de territórios (uma versão moderna do imperialismo do século XIX). Uma verdadeira cruzada em nome da "paz" e recentemente em prol do combate ao terrorismo, boas desculpas pra maquiar os objetivos econômicos que estão por trás de todas essas ações.
Quais os resultados? Mortes e mais mortes, nações subordinadas ao controle estrangeiro e uma revolta crescente por parte delas.
E quem é Bin Laden nesse meio? Arrisco a responder: nada mais do que um dos produtos dos fatos que citei acima. Imaginem uma pessoa que cresce em meio a uma visão completamente deturpada e radical da religião, levada a ferro e fogo? Imaginem alguém que vê em uma nação todo o reflexo da imponência e da prepotência gerada pelo seu poder econômico e militar? Bin Laden não foi herói, mas também não foi o psicopata que fez o mal pelo mal, como os americanos e a imprensa tentam vender. Assim como os EUA também não são os mocinhos da história.
O fato é que não existe bem X mal, existe mal disfarçado de bem X mal maquiado com cores fortes.

Não estou aqui defendendo terroristas, longe de mim. O sacrifício de vidas, seja como for, não tem justificativa alguma. Mas também não podemos deixar que o ódio e o sentimento de revolta nos deixem cegos a ponto de tratar esse assunto com tanto maniqueísmo. Não tem justificativa, mas tem explicações de sobra. Entendo a dificuldade das famílias que perderam seus entes queridos em enxergar esses pontos que estou abordando - pra mim é muito fácil analisar a situação sob esse ponto de vista já que ninguém da minha família ou amigos estava no World Trade Center naquele 11 de setembro - porém é importante saber que o Osama não foi o único culpado por toda aquela tragédia. Indiretamente, o governo americano cavou a cova de muitos americanos, tornando-se vilão de outras nações e da sua própria nação.

Pra fechar, deixo uma frase do grande Martin Luther King:

"Eu lamento a perda de milhares de vidas preciosas, mas não vou me regozijar com a morte de alguém, nem mesmo de um inimigo."


Acho que com isso não preciso escrever mais nada. 


Até a próxima ligação.